domingo, 18 de setembro de 2011

Hebreus


Os hebreus eram inicialmente, um pequeno grupo de pastores nômades, organizados em clãs ou tribos, chefiadas por um patriarca. Conduzidos por Abraão, deixaram a cidade de Ur , na Mesopotâmia, e se fixaram na Palestina (Canaã a Terra Prometida), por volta de 2000 a.C.
A Palestina era uma pequena faixa de terra, que se estendia pelo vale do rio Jordão. Limitava-se ao norte, com a Fenícia, ao sul com as terras de Judá, a leste com o deserto da Arábia e, a oeste com o mar Mediterrâneo.
Governados por patriarcas, os hebreus viveram na palestina durante três séculos. Os principais patriarcas hebreus, foram Abraão (o primeiro patriarca), Isaac, Jacó (também chamado Israel, daí o nome israelita), Moisés e Josué.
Por volta de 1750 a.C. uma terrível seca atingiu a Palestina. Os hebreus foram obrigados a deixar a região e buscar melhores condições de sobrevivência no Egito. Permaneceram no Egito, cerca de 400 anos, até serem perseguidos e escravizados pelos faraós. Liderados então, pelo patriarca Moisés, os hebreus abandonaram o Egito em 1250 a.C., retornando à Palestina. Essa saída em massa dos hebreus do Egito é conhecida como Êxodo.

 

Sociedade

A maioria eram camponeses, pastores e escravos. Pagavam altos impostos ou então serviam em vários trabalhos como o serviço militar. Acima dessa classe tem os burocratas e comerciantes. No topo estavam os grandes fazendeiros, sacerdotes, funcionários públicos e a família real.
Como mostra a pirâmide abaixo:

 Economia
Na maior parte do tempo a economia era baseada na agricultura e na criação de ovelhas e cabras. Somente a partir do reinado de Salomão é que os hebreus desenvolveram mais o comércio. Daí começaram a buscar o individualismo, o lucro. Infelizmente isso resultou na desigualdade social.

 

Cultura

Os hititas, habitantes da Ásia, os ensinavam a usar o ferro. Os araneus da Síria, os influenciaram na língua e na escrita, usando o aramaico.
Mas a religião era a base da cultura. O monoteísmo – crença em um só deus- acabou, fundando o cristianismo e o islamismo. Os hebreus tinham Jeová ou Iavé, como único Deus. Acreditavam que Jeová enviaria o messias e que libertaria o povo. Comemoravam a Páscoa, que na verdade representava a saída dos hebreus do Egito( êxodo) além do pentecostes, que era o derramamento do Espírito Santo sobre os cristãos. Guardavam também o sábado, resguardando-se de qualquer atividade.

Páscoa no Judaísmo
Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus lançou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Deus que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e Deus passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
O termo páscoa tem origem do hebraico (Pessach), que significa passagem, estando também relacionado às celebrações pagãs da passagem dos períodos entre o inverno e a primavera.
Sendo uma festa familiar, um dia antes de sua comemoração é feita uma limpeza nas casas, tirando tudo aquilo que pudesse prejudicar os princípios judaicos.
A principal celebração feita pelos povos judeus é o jantar em família (Seder), onde aparecem os alimentos que têm grande importância na cultura desse povo. Esse jantar serve ainda para ensinar as gerações mais novas a “Torah”, sobre os três principais alimentos da refeição: o cordeiro, os pães e as ervas amargas.
O cordeiro (pesah) "é o sacrifício da páscoa de Jahwé, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou nossas casas." (Ex 12,27).
O pão ázimo (matsah) que foi feito às pressas, antes da fuga do Egito, "E cozeram bolos ázimos da massa que levaram do Egito, porque ela não tinha levedado, porquanto foram lançados do Egito; e não puderam deter-se, nem haviam preparado comida." (Ex. 12,39), ensinando às novas gerações que assim como o fermento enche o pão de ar, tornando-o imperfeito, que este também causa ao homem as imperfeições morais e negativas, tornando-o cheio de vaidades e vazios.
Já as ervas amargas (maror), "Assim lhes amargurava a vida com pesados serviços em barro e em tijolos, e com toda sorte de trabalho no campo, enfim, com todo o seu serviço, em que os faziam servir com dureza." (Ex. 1,14), pela vida amarga, pelo sofrimento causado durante o trabalho escravo.

Governo ou Era dos Patriarcas

 Os hebreus eram dirigidos por patriarcas, estes eram líderes políticos, que eram encarados como o “pai” da comunidade.
 O primeiro grande líder, ou patriarca hebreu foi Abraão que conduziu os hebreus de Ur, rumo a Palestina( terra prometida). Chegaram por volta de 2000 a. C 
Mas tiveram tempos complicados. Os hebreus tiveram conflitos com vizinhos e uma terrível seca que assolou a Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito, onde permaneceram por mais de 400 anos. Eram perseguidos e escravizados pelos faraós.
Somente a idéia de libertação consolou um povo abatido e escravizado. Essa idéia veio por meio de Moisés. Os hebreus liderados por ele , fugiram do Egito. Essa fuga é conhecida como “Êxodo”. Podemos ver no êxodo, do relato bíblico algumas particularidades, como a ocasião em que o Deus dos hebreus , Jeová, abriu o mar Vermelho. Eles fugiram do Egito, perambularam 40 anos no deserto e por fim retornaram à palestina.
 Durante a perambulação , Moisés não chegou a entrar na Palestina, por isso quem os conduziu até lá foi Josué, sucessor de Moisés. Mas para reapossarem a Palestina, os hebreus tiveram que travar intensas lutas com os cananeus e posteriormente com os filisteus, povos que ocuparam a região. Foram quase 2 séculos de lutas e nesse período os hebreus foram governados pelos juízes.
 E assim passamos para a segunda era hebraica.

Governo ou Era dos Juízes

Antes quem julgava os hebreus era o patriarca. Agora havia líderes militares, indicados das doze tribos que julgavam tudo. Esse período se estendeu por uns 300 anos, entre a conquista da Palestina ( chamada  também de Canaã) até o início da monarquia.
Entre esses chefes estavam: Gideão, Jefté, Samuel e Sansão, conhecido por sua monstruosa força.

Governo ou Era dos Reis (Monarquia)

Os filisteus ainda representavam muita ameaça aos hebreus, visto que lutavam pelo completo controle do território da Palestina. Isso fez com que os hebreus instituíssem a monarquia, para poder assim centralizar o poder e ter mais força para enfrentar os adversários.
 O primeiro rei hebreu foi:Saul, da tribo de Benjamim. Ele , porém não teve sucesso em enfrentar os inimigos e , em batalha ao ver que não conseguiria derrotar seus adversários, ele e seu escudeiro se suicidam.
 Já no século XI a. C.,Davi , sucessor de Saul, conseguiu mostrar eficiência  nos combates militares. Venceu os inimigos, tornou a nação hebraica forte e estabilizada. Tinham um exército brilhante e Jerusalém se tornou a capital. Davi conseguiu o grande feito de expandir os domínios do reino.
Seu filho , Salomão, o sucedeu em 966 a. C., este ficou conhecido na história pela imensa fortuna e sabedoria que adquiriu. Se tornou rei muito jovem, segundo a Bíblia, sua primeira esposa foi a filha de faraó, mas depois dela chegou a ter 700 esposas e 300 concubinas. Ampliou a participação no comércio, construiu várias obras públicas, como o famoso templo de Jerusalém, dedicado a Jeová. Os exageros iam da economia à cultura.
Mas haviam altos impostos e os camponeses trabalhavam muito nas construções. Isso gerou descontentamento geral que piorou com a morte de Salomão. O resultado foi que com o filho de Salomão, o reino acabou se dividindo. Criando o  reino de Israel e o reino de Judá. Com as capitais em Samaria e Jerusalém , respectivamente.
O reino , com isso o reino ficou vulnerável e logo foi levado ao cativeiro pelos babilônios. Estes saquearam o templo em Jerusalém e destruíram tudo. O cativeiro iniciou-se em 587 a. C. e durou até 538 a.C.. depois houve o retorno a Palestina e o início da reconstrução das muralhas da cidade , do templo e da própria cidade.
Mais tarde, foram conquistados novamente pelos greco-macedônios e pelos romanos.
Em 70 d.C. Tito, general romano, destruiu Jerusalém e os hebreus abandonaram a Palestina. Esse abandono é chamado de Diáspora.
Somente em 1948 foi fundado novamente o Estado de Israel, junto com conflitos com árabes e de outras nacionalidades.

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