A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
Antecedentes e contexto
histórico
Alguns países europeus estavam
muito descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do
século XIX. Alemanha e Itália haviam ficado de fora no processo neocolonial.
Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em
matérias-primas e com um grande mercado consumidor.
Vale lembrar também que
no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países
europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta
concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo
tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como
uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida
bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se
armar mais do que o outro.
Existia
também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A
França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a
Alemanha, durante a Guerra Franco-Prussiana. O revanchismo francês estava no
ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região
perdida.
O
pangermanismo e o pan-eslavismo também influenciaram, fazendo com que
aumentasse ainda mais o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade
nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de
origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.
A
paz armada
Os
governos capitalistas clamavam pela paz, mas estimulavam a fabricação de
armamentos e recrutavam civis para o exército. O militarismo cresceu e era cada
vez mais difícil manter o equilíbrio entre as nações imperialistas. Os focos de
tensão e a disputa pela supremacia levaram os países europeus à corrida
armamentista.
O início da Primeira
Guerra Mundial
O estopim deste conflito
foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro,
durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram a
um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na
região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela
Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à
Servia.
Política de Alianças
Os países europeus
começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX.
Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a
Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha
(a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice
Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
O Brasil também participou, enviando para os campos
de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice
Entente.
Desenvolvimento
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.
Fim do conflito e resultados
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema
importância: a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado
da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente
com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os
países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que
assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e
punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica
controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à
França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra
dos países vencedores.
A Conferência de Paris e os 14 Pontos do Presidente
Woodrow Wilson (EUA)
O presidente Wilson apresentou à opinião pública
internacional os 14 Pontos, propondo uma paz na qual não houvesse vencidos nem
vencedores. Também idealizou a Sociedade das Nações ou Liga das Nações, com
sede em Genebra, na Suíça, com a finalidade de manter a paz mundial. Mais
tarde, os EUA saíram da Liga das Nações, pois o Senado norte-americano não quis
ratificar o Tratado de Versalhes.
Efeitos da Primeira Grande Guerra
Foram muitos e significativos:
·
A Europa perdeu 10 milhões de homens e ficou com 40
milhões de inválidos;
·
Os campos destruídos afetaram a produção agrícola,
os portos e as estradas foram arrasados, o que prejudicou o comércio, e as
cidades foram arruinadas;
·
A ascensão dos EUA como grande potência do mundo
ocidental, devido aos enormes lucros obtidos com a guerra;
·
O declínio econômico do Império Britânico;
·
O aumento
da participação das mulheres no mercado de trabalho durante o período da
guerra ocasionou movimento o em prol do voto feminino logo após o térmico do
conflito;
·
O desemprego acentuou-se nos países europeus;
·
O avanço das idéias socialistas, consagradas pela
Revolução Russa de 1917;
·
O avanço e fortalecimento dos nacionalismos, que se
tornaram radicais na Itália, na Alemanha, na Espanha e em Portugal. No Brasil,
teremos Getúlio Vargas como representante desse nacionalismo.
· Destruiu
indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos em todos os países
envolvidos.
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